domingo, 15 de dezembro de 2013

Feijoada Vegetariana?? Nããoo: "Feijão Preto com Legumes e Fumaça"

Uma coisa que acho que atrapalha muito a aceitação das pessoas por pratos mais saudáveis é essa tentativa meio infernal de referenciar... Agora imagina a situação: alguém te oferece uma bebida branca e te diz que é “leite” de soja.. Você põe na boca pensando em quê??? Leite, claro!! E aí acha o leite de soja ruim! Se a bebida for apresentada como suco de soja, ou bebida de soja (que foi o que a indústria fez), você fica com a cabeça muito mais aberta para gostar, não é??
Por isso evito muito usar esse tipo de denominação: carne vegetal, leite de castanha, estrogonofe de glúten e essas coisas...
Aí me aparece uma proposta: haverá um evento de feijoada com samba na Vila Cultural da Kinoarte, e entre os frequentadores há muitos vegetarianos... Vamos fazer uma feijoada vegetariana??  Depois de uma pesquisa vi que aparecem dois tipos de “feijoada vegetariana” no oráculo Google: aquelas feitas com salsicha de soja, carne de soja e tofu, e outras que são basicamente um ensopado de feijão preto e legumes.
Bem, nunca escolheria a primeira opção, porque penso que quem opta pelo vegetarianismo quer uma comida natural, e não um troço industrializado que parece Whiskas Sachet..
Mas aí, as outras receitas tem uma cara de ensopadão... que coisa sem graça! Aliás, qual a graça da feijoada?? (você vai falar que é o torresmo, eu sei...) Os defumados!!
Portanto, tinha que buscar um pouquinho de gosto de fumaça para o meu prato. Procurei tofu defumado, não encontrei... aí fiquei inventando, mesmo. E saiu este ensopado de feijão preto que parece que não fez feio diante da gloriosa feijoada, que aliás é um dos meus pratos prediletos...
Feijão Preto Vegetariano (sem as quantidades, que cada um sabe do que gosta!!!)
Feijão Preto
Óleo
Cebola
Alho
Pimentão Vermelho
Salsão
Cominho
Pimenta Calabresa
Tomate sem pele e sem sementes
Cabotiá
Mandioca, ou aipim (já cozida)
Mandioquinha Salsa ou batata baroa
Cenoura
Batata Doce
Pimenta Cambuci
Pimentão Amarelo
Berinjela
Abobrinha
Brócolis
Cogumelos Frescos (de Paris ou Shitake)
Colocar o feijão de molho na véspera, escorrer, repor a água e cozinhar na pressão até que fique bem macio, com os grãos se abrindo.
Coloque uma cebola com casca sobre a chama do fogão, e vire de todos os lados para que queime um pouco.Retire o excesso de queimado, e pique a cebola, junto com o pimentão e o salsão.
Aqueça o óleo, junte a pimenta e o cominho, deixe tomar gosto, e depois adicione a mistura de cebola picada. Frite até que comece a escurecer um pouco. Junte folhas de louro e alho amassado com sal, frite mais um pouco, adicione o tomate, mexa, e depois misture o feijão com o caldo. Ferva para ter um caldo encorpado, mas ainda não muito grosso. Tenha sempre água quente para ir acertando o ponto!
Corte os legumes em pedaços grandes (exceto os cogumelos), coloque numa tigela, regue tudo com um fio de óleo. Espalhe os legumes nua assadeira grande e leve ao forno bem alto para que toste um pouco. Coloque no feijão primeiro os legumes mais duros: cenoura, batata doce, mandioca, mandioca salsa. Depois adicione os pimentões, que dão muito sabor. Ferva um pouco. Coloque a berinjela e a abobrinha, ferva 2 ou 3 minutos, finalize com o brócolis e os cogumelos. Assim que ferver, acerte o sal e desligue o fogo, deixando descansar por uns 5 minutos.
Sirva com arroz, molho vinagrete (use um pouco de limão no molho) com muito cheiro verde, farofa de farinha de milho e couve.







sábado, 16 de novembro de 2013

"E se...."

Quando gostamos de criar, em qualquer área, a pergunta que não para de martelar na cabeça é essa: “E se....”
Eu penso em comida boa parte do dia. Não sou boa de técnica, mas sou boa de cheiro, de textura... fico imaginando o que vai acontecer na boca quando uma mistura nova aparecer por lá.
Nada muito exótico, não sou moderna assim... gosto mais de comida engraçadinha, que tenha alguma raiz (e não é de mandioca que estou falando, é de história, mesmo!).
Tem alguns alimentos que gosto mais, e têm outros que acho super legais e mal aproveitados... Na turma do “eu gosto mais” tem a abóbora cabotiá (ou abóbora japonesa) uma delícia, que parece muita gente que eu conheço: a casca é grossa, mas por dentro é só alegria além de fazer um bem danado!!
Já quando falo dos mal aproveitados, é sobre o estigma de certos alimentos... Porque uma massa integral tem de ser obrigatoriamente recheada com brócolis, ricota, queijo cottage, soja, quinua, legumes e toda essa turma dos saudáveis?? Se eu faço um enrolado integral de salsicha, já é bem melhor que a “vina” empanada, não acham?
Aí ontem queria fazer o almoço do feriado sem sair de casa para comprar nada. Lasanha caseira sempre vai muito bem, certo? Mas tinha muito pouca carne moída, a berinjela nesse momento não entra no rol dos aceitáveis do meu caçula, e aí me lembro das linguiças que sobraram da última feijoada: um paio e uma lingüiça calabresa, no freezer, me aguardando. Joia! Lasanha de lingüiça! E se.... fizer a massa integral?? Nunca fiz, mas deve ser ok, vou misturar farinha branca para conseguir abrir bem fininha, beleza! E se... colocar abóbora cabotiá para dar uma suavizada no sabor das linguiças? Humm, boa: fatiar, grelhar, cozinhar, purê... e se... eu misturar esse purê no bechamel? Vixe! Acho que vai ficar legal!
Ficou!
E se... você tentar fazer?
Lasanha Integral de Lingüiças com Bechamel de Cabotiá
Massa:
1 ovo grande
2 cascas de água (quebre o ovo, e use a casca como medida para a água)
Farinha Integral o suficiente
Farinha branca o suficiente
Ragu de Linguiças:
1 lingüiça calabresa defumada
1 paio
1 cebola bem picadinha (reserve 1 colher de sopa para o bechamel)
6 tomates maduros (ou 1 lata de tomate pelado).
Orégano
Bechamel de Cabotiá:
1 pedaço de cabotiá que renda pouco menos de 2 xícaras de polpa.
1 colher de cebola picada (roubada do ragu!)
1 dente de alho
2 colheres de manteiga
2 colheres cheias de farinha de trigo
2 xícaras de leite
1 xícara de água
sal e noz moscada a gosto
Outros:
Mussarela ralada grosso
Parmesão ralado

Preparo:
Faça primeiro os molhos.
1 - Coloque as lingüiças picadas grosseiramente no processador e bata para moer. Frite a lingüiça em bem pouco óleo ou azeite, mexendo para começar a dourar. Junte a cebola picada, e refogue até que ela comece a dourar também. Adicione os tomates batidos (com pele e semente), tempere com orégano e ferva até ter um molho bonito. Acerte o sal, se necessário.
2 - Coloque o pedaço de cabotiá, com casca e sem semente, no microondas, e leve à potência alta por 2 minutos. Vire e cozinhe por mais 1 minuto. Espere esfriar um pouco e raspe a polpa da abóbora com uma colher, desprezando a casca. Bata essa polpa no processador ou liquidificador com o leite e a farinha. Derreta a manteiga numa panela, refogue a cebola e o alho, despeje o creme de cabotiá, e leve para ferver, mexendo. Acerte o ponto do molho que deve ficar aveludado, mas não muito grosso, com a água. Tempere com sal e noz moscada.

Prepare a massa: bata o ovo com a água e vá adicionando as farinhas, mais ou menos meio a meio, amassando até ter uma massa bem firme e seca. Abra bem fino: se tiver uma maquininha daquelas manuais fica bem mais fácil, mas não é impossível com um rolo normal... Caso não se anime, use massa pronta! Corte em pedaços grandes, entre 10 e 15 cm, e cozinhe rapidamente em água fervente com sal.

Monte a lasanha: num pirex untado, uma camada de massa, ragu, bechamel, mussarela ralada, e assim sucessivamente, terminando com massa. Não exagere no molho, senão ela desmonta toda! Cubra com bechamel, polvilhe parmesão ralado e leve ao forno alto.





quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Se a vida te dá bolo... faça bolinhos!

Ontem, já meio tarde, resolvi fazer um risoto de aspargos, um jantarzinho tardio e gostoso para mim e meu filho. Só que ele me deu bolo! Acabou adormecendo, e lá ficou a metade do risoto, na panela... uma pena... Que nada!!! Resto de risoto é a melhor matéria prima para bolinhos de arroz. O amido já faz uma liga bacana, é necessário acrescentar muito menos farinha, e os sabores da manteiga e do parmesão dão um charme só.
Claro que a nutricionista aqui assou os bolinhos, né? Acabou sendo o carboidrato do meu almoço, com um bifinho de pernil de porco e uma bela salada de almeirão, brócolis e tomate... Ê coisa boa que é comer comida boa!! Ê coisa boa que é não desperdiçar comida!

BOLINHO ASSADO DE RISOTO:


Para cada 2 xícaras de risoto, já frio, junte uma gema e mais ou menos 2 colheres de farinha de trigo, misturando com as mãos para ter uma massa boa de enrolar. Para assá-los, molhe as mãos com azeite, e abra como um hambúrguer uma porção de mais ou menos 1 colher de sobremesa da massa. Coloque 1 quadradinho de queijo no meio, feche e enrole, formando uma bolinha. 

Arrume em tabuleiro bem untado, leve ao forno quente, por uns 15 minutos, virando os bolinhos no meio do cozimento.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

PF com Salada ou Salada com PF??

Pare de se culpar por todos os alimentos “calóricos e inadequados” que come e pense nos alimentos saudáveis e necessários que tem deixado de comer...
Comer salada todo dia, no almoço e no jantar, é uma bandeira que levanto há muito tempo. Há tantas desculpas para não fazer isso!!! 
Não tenho tempo, só eu como essas coisas, estraga muito, tenho dó, a feira é só amanhã, estou enjoado de salada e outras chorumelas do gênero... 
Sabe por que não come salada??? Porque não foi acostumado a fazer isso! Se ninguém te falasse, todo dia, “vai escovar os dentes!!!!” por muito tempo, não teria esse costume também! Portanto, cuide, vigie e assim crie esse hábito!
Hoje eu trago a receita de uma salada que é a refeição também. Arroz, feijão, ovo, salada de folha, tomate e cenoura é uma coisa bem corriqueira. Mas uma salada de arroz com feijão, cenoura, ovo e tomate, servida sobre uma cama de folhas é pura diversão e frescor!

 
Preparei 2 xícaras (das de café) de arroz integral, refogando uma cenoura picadinha junto com os temperos.
 


Em outra panela cozinhei feijão carioquinha até amaciar, mas sem desmanchar. Escorri o feijão. Na panela, fritei um dente de alho picado em 1 colher de azeite até começar a dourar e passei o feijão escorrido para pegar um gostinho. 
 

Misturei o feijão com o arroz, ainda quentes e acrescentei 1 tomate sem sementes e 2 ovos cozidos picados.

Sal, azeite se necessário, e geladeira! Dura três dias sossegado. Mas essa é uma porção pequena. .. 
Por cima de uma salada de folhas, temperada com limão e sal... demais! Salada de PF! 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Meu chapa, que delícia!!

Café da manhã na padaria é uma farra bem gostosa, não acham? Num dia especial, com alguém especial, sentar no balcão e pedir uma média com pão na chapa é de uma poesia imensa prá mim...
Tudo bem, com a “modernidade” até topo trocar a média tradicional por um espresso com leite (que quando chama machiatto custa 5 vezes mais em 5 vezes menos..), mas o pão francês na chapa é “imexível” como diria o ministro!
O gosto desse café só tem esse gosto na padaria, não adianta tentar fazer em casa, nunca terá a mesma graça: fica bonzinho, a manteiga é melhor, o pó de café é melhor, mas falta alguma coisa. Por isso acho que comer é mágico..
Então, hoje de manhã, querendo me fazer um agrado num dia comum, sem padaria, ficou fora de cogitação o pão na chapa, que seria frustração pura. Humm, olhei para o bolo de banana que tava lá, olhando prá mim, mas não era bem aquilo...

Bolo na chapa! Que tal? Corta o bolo, passa manteiga no bolo, dos dois lados, esquenta a frigideira, e dá aquela tostadinha, com a manteiga borbulhando e dourando e reexibindo o aroma do bolo.


Delícia! E ainda coloquei uma colherzinha de doce de leite, pro agrado ficar mais complexo.

Meu chapa, bolo na chapa é poesia em casa!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O Bolo Infalível

Ontem uma pessoa bacana que cozinha muito bem postou no Facebook que não sabia fazer bolos... Bolo é um alimento que aflora nossas mais doces lembranças de infância, não? O cheiro do bolo assando, o dedo passando na tigela com o resto da massa, a dança fofa da faca para cortar aquele pedaço de amor, feito pela mãe, avó, irmã, tia... E aí o copo de leite com café, ou achocolatado. Parece que vejo as faíscas na toalha.
Eram bolos simples, como era simples ser criança, sem recheio, cobertura, ou qualquer outra meleca moderninha. Eram bolos de pegar com a mão.
Isso é tão forte, que está super na moda abrir uma loja de bolos assim, lisos e simples, no máximo com uma farofinha, numa lojinha com carinha provençal ou cheia de tábuas de demolição e chita.. Até aí, tudo bem, vai lá, compra um bolo gostoso, feito artesanalmente, embrulhado em um papel pardo cheio de charme e tenha uma linda tarde...
O problema é o TARR do bolo de caixinha. Isso é o miojo da confeitaria! Uma mistura de farinha, açúcar, gordura da pior qualidade (para seu paladar e sua saúde) e essências artificiais toscas. Não façam isso com vocês e sua família. Leia a lista de ingredientes no rótulo de um bolo de caixinha. Isso não é comida, é literalmente uma droga!
A experiência de ser a mãe, avó, irmã, tia, amiga que alimenta com farinha, açúcar, fermento e amor alguém próximo de você é impagável. Como fazer, se “solo até bolo de caixinha!!” como confessou a cozinheira de mão cheia?
Aprendi essa receita quando trabalhava na Unimed, atendia idosos hipertensos e diabéticos, e uma cliente, que me envergonho muito de não lembrar qual, me contou sobre o “Bolo de Vinagre”, me causou espanto, mas depois ficou muito claro, que o ácido do vinagre dá um “empurrãozinho” na fofura do bolo ao reagir com o bicarbonato presente no fermento. Experimentem essa receita. É leve, não tem leite, leva óleo que é uma gordura boa, é fácil e infalível. Essa é prá você, T...
Bolo de Vinagre

Bater no liquidificador: ½ xícara de óleo, ½ xícara de água, 3 ovos, gotas de essência de baunilha e 1½ xícara de açúcar. Ainda batendo, juntar 2 xícaras de farinha de trigo e após estar tudo misturado adicionar 1 colher de fermento em pó e 2 colheres de vinagre. Assar em forma de buraco, untada.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Broa Tarde!

Hoje ganhei um presentão. Uma caixa cheia de derivados de milho! Fubá, farinha de milho, polenta pré-cozida.
Ganhei outro presente: uma virose...
Assim, precisava de um lanche totalmente comfort food, e como sou uma jacu de gaiola, comfort food prá mim é angu, sopa de feijão, canjica, café com leite... e broa de fubá!
Tem a broa de fubá cozida, com um “quê” de choux (bomba) tupiniquim, que aliás pode ser boa opção para os celíacos. Mas eu queria aquela broa biscoito, que leva farinha de trigo, sequinha, e que descobri ser super simples de fazer. Juntando algumas receitas, saiu a minha, sem erva-doce, confesso... não curto muito. O Lauro já comeu quatro!
Olha só que fácil:
1 ½ xíc de fubá mimoso
1 ½ xíc. de farinha de trigo
1 xíc. de açúcar
1 pitada de sal
1 colher (sobremesa) de fermento em pó
2 ovos
3 colheres de manteiga em temperatura ambiente
leite o suficiente
Misture todos os ingredientes secos numa tigela, junte os ovos e a manteiga, e vá misturando com as mãos. Junte o leite necessário (em torno de 3-4 colheres) para que tenha uma massa uniforme, grossa, mas grudenta. Leve a massa à geladeira por no mínimo 15 minutos.
Com as mãos untadas, de óleo ou manteiga, faça bolas “achatadas” com uma colher de massa e arrume, bem espaçadas numa assadeira untada (eu coloquei papel manteiga e untei). Leve ao forno pré-aquecido, 200 graus, até que fiquem com aspecto sequinho e douradas por baixo.


Faça um café da hora, pingue umas gotas de leite, sente com alguém bem legal (pode ser você) e tenha uma broooa tarde!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Erva da Boa Demais!

Ontem fui ao mercado para comprar vegetais, e tive a sorte de ir a um onde a vida não se resume a alface-tomate-cenoura-chuchu-batata... Essa turma é maravilhosa, mas o prazer de sabores e texturas novas pode fazer a diferença na adesão a uma alimentação mais saudável.
Trouxe um monte de “frescuras”com gosto de saudade!! Tive a sorte de ter uma educação alimentar sensacional, e em casa a variedade de alimentos era muito grande.
Meu pai gostava muito de vegetais, especialmente os que podia comer com as mãos, puros: rabanetes, salsão, cenoura,pimentão, tudo cortado em tirinhas, sem tempero nenhum, e fazendo croc ao entrar na boca! Até hoje um miolo de salsão (aipo para alguns) me emociona! Ele também gostava muito de erva doce. E foi uma dessas, linda, gorda e fresca, que trouxe para casa...



O bulbo, também conhecido como funcho, com um sabor refrescante que lembra o aniz, é muito gostos, leve e nutritivo. Os italianos (acho que outras nacionalidades também, mas falo do que conheço..) têm preparações maravilhosas, quentes e frias, com essa iguaria.

A erva doce é uma bela pedida para variar o seu cardápio. Seja você o “tipo” que for! Rica em vitamina C, ácido fólico, potássio e fibras, super baixas calorias, versátil e cheia de charme, pode agradar a turma louca por dieta e àqueles que estão sempre buscando um ingrediente gourmet.


Seja numa refeição intermediária lowcarb ou acompanhando um gim-tônica na beira da piscina, a erva é erva doce!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Coisas que todos gostam...

O gostar-não gostar é um fenômeno interessante na alimentação das pessoas... Mas não acho que é tratado de forma adequada...
Primeiro porque são encaradas como situações fechadas, imutáveis. "Meu filho não gosta de legumes". "Minha filha não gosta de feijão". "Eu não gosto de jiló". 
Pense em quantas coisas não gostava antes e agora gosta! Conheço pouquíssimas crianças que gostam de berinjela, e muitíssimos adultos que trocam tudo por uma caponata (preparação maravilhosa com berinjelas, azeite e condimentos): então, em que dia aconteceu “a transformação”???
E não é só uma questão de experimentar, porque muitas vezes gostamos-não gostamos antecipadamente das coisas! Porque uma criança topa experimentar um chicletes sabor Kiwi com Acerola e não prova uma abobrinha??
Fala-se muito no sabor dos alimentos, mas penso que aroma, aparência e textura são super partes na aceitação dos alimentos...
Então, para “lidar” com o gostar e não gostar, tente observar o “padrão” que se apresenta.
Há pessoas que gostam de coisas mais perfumadas, outras preferem alimentos mais “discretos”. Há pessoas que gostam de alimentos mais pastosos, mais ácidos, com alguma picância.
Guardando os erros das generalizações, mas compartilhando observações de muito tempo, alimentos crocantes e sequinhos geralmente são muito apreciados por crianças. Penso ser mais fácil que se anime em provar um pedaço de cenoura crua do que uma couve flor no molho branco, por exemplo... Quem gosta de meleca é jovem e adulto, especialmente mulheres! Tanto é que o bolo nas festas de aniversário só não sobra porque as mamães, tias e vovós dão conta de traçar!
Entenda o gostar-não gostar, antes de abordar aquele enjoado na sua casa. Você vai se surpreender!

Essa receita é fácil de gostar: é doce, sequinha, começa crocante e acaba macia derretendo na boca. Com vocês, Sequilhos de Nata!! Aprecie com moderação.
Ingredientes:
1 xícara de nata (creme de leite fresco, grosso)
1 xícara de açúcar
1 colher (sopa) de manteiga
1 ovo
1 colher (chá) de fermento em pó
amido de milho ou polvilho doce o suficiente (em torno de 500g)
Modo de Fazer:

Misture a nata, manteiga, ovo, açúcar e fermento numa tigela. Vá juntando o amido, misturando sempre, primeiro com a colher e depois com as mãos, até ter uma massa muito macia que solte completamente das mãos. 
Faça bolinhas e coloque, com um pequeno espaço entre cada uma, em assadeira forrada com papel manteiga. Com um garfo, pressione as bolinhas para dar o formato às bolachas. Leve ao forno baixo (150-180 graus) pré-aquecido, até que comecem a dourar nas bordas. Guarde em pote fechado. Essa receita rende umas 100 bolachinhas.



sábado, 24 de agosto de 2013

Dia da Pizza... ou dia de pizza??

Inventaram que dia 10 de julho é o Dia da Pizza, mas para mim, dia da pizza é domingo. Todo domingo.
Lembranças das pizzas assadas no fogão Brastemp azul e branco, as “inéditas” (na época) pizzas retangulares, parece que ouço o barulho de todo mundo em volta daquela bagunça com cheiro de azeite e orégano... Só pizza de mussarela (e não me venham com a muçarela que me recuso a escrever assim!!!!), os pedaços na mão e alegria no estômago.
Também lembro das pizzas no apartamento em São Paulo, chegávamos no domingo de noitinha para começar uma semana de aulas, e em dias “de magnata” íamos buscar pizza na Renato Paes de Barros, onde vendiam “pizza a metro”, acho que os ângulos retos nos remetia à casa dos pais...
Meus primos irmãos, na verdade irmãos primos, já que nossos pais e nossas mães eram irmãos, criaram a instituição “pizza de domingo”, em variadas pizzarias de Sampa, que é uma forma de reunir a família esparramada por aí ao menos aos domingos... Tive o prazer de participar de algumas!
Prá você que é mais novinho, ligar e pedir uma pizza é absolutamente normal, mas para a minha geração isso foi mágico, por um tempo... Só que tem perdido a graça: salvo raras exceções, as pizzas viraram pão com queijo!! Um monte de queijo, de qualidade duvidosa, sobre uma massa que parece bisnaguinha industrializada, azia em pedaços!! Cadê o molho??? Quando quer pedir uma pizza de qualidade, tem de gastar um dinheiro incompatível com essa atividade... então penso assim: quer comer uma pizza que é bacana, bem feita, gourmet mesmo, vá a pizzaria, coma quentinha, servida na hora, sem chacoalhar e encharcar na moto do entregador e sem louça para lavar. Plano B: quer comer uma pizza bacana e bem feita e gastar pouco, faça em casa!!!
Pode começar com massa comprada, prefira as de padarias, com menos melecas adicionadas... Mas o molho... ahhh o molho tem de ter gosto de tomate, tomate maduro e fresco, e é essa a receita que trago hoje. 
Uma receita com mais um truque especial da dona Marta, minha mãe, que acho que tinha colher de pau prá mexer corações...
A massa, o molho e mussarela... pronto! Domingo em pedaços!!!

Molho de TOMATES
Lave e tire as sementes de uns 6 tomates grandes e maduros. Deixe em pedaços grandes.
Aqueça 2 dentes de alho em um pouco de azeite. Adicione os tomates, sal e tampe, para que cozinhem, em fogo baixo, no próprio suco, por uns 4-5 minutos. Tire a panela do fogo e espere esfriar um pouco..

A pele dos tomates se soltará muito fácil, retire todas, e amasse o refogado com as mãos, para ter um molho rústico e bom demais prá passar na pizza. Regue com azeite e orégano. 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

R$1,99

Há alguns dias fui comprar umas bacias num lojão de 1,99 e bati o olho num fechador de pastel, naquela cartelinha de papelão já meio empanada, etiqueta de preço empoeirada, pensei... se não servir prá nada vai prá reciclagem...

E o bichinho ficou na gaveta, abandonado com as pás de batedeira e colheres de pau, não chegava a vez de experimentar..

Cheguei em casa bem cansada, com uns 2kg de massa de bolacha para assar (um evento com crianças)... bem... já que vou ficar com o forno ligado, e estou com a mão boa para massas... vou fazer um pastel assado.. Resto de carne moída temperada na geladeira...

SENSACIONAL!! A traquitana é rústica, mas perfeita. Consegui colocar a massa aberta bem fina, coube bastante recheio, e ela fechou muito bem. Bem, isso valeu para uma massa mais amanteigada, veremos como se comportará com uma massa de pão..


Por hoje, a receita do pastel assado, ou “empanada”, prá lembrar do estado da embalagem na loja!

Misture 1 colher generosa de nata (creme de leite espesso, fresco), 1 colher de manteiga, 1 pitada de sal e 1 gema. Misture bem. Acrescente 1 colher (café) de fermento em pó. Vá incorporando farinha de trigo até ter uma massa bem macia, mas que possa ser aberta com o rolo. Você usará algo em torno de 1 xícara de farinha. Embrulhe a massa num plástico e descanse por uns 20 minutos. Abra em discos, coloque no cortador de pastel, recheie com o resto de almoço mais legal que achar na geladeira, faça uma graça com queijo, azeitonas, castanhas e o que mais pensar, desde que não seja muito úmido. Feche os pastéis e coloque em assadeira sem untar. Asse por 15 minutos em forno a 200 graus.
Voilá!!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Acém a dez reais

Esse é um pedaço de acém, uma carne do dianteiro do boi, “carne de segunda”. Aqui em casa é carne de terça, quarta, quinta, sexta... porque é versátil, magra, gostosa e barata!!! Como tudo nessa vida tem lado bom e lado ruim, o acém tem uma parte meio feiosa, com muitas fáscias (aquela “pelinha” branca super resistente, que tem por cima, até no filet mignon tem!!!) e é uma carne que pede um cozimento longo, é dura.... Mas ele continua sendo uma super opção para quem precisa economizar.
Sempre sugiro aos meus clientes que consomem carne algumas providências para garantir um cardápio variado. Uma delas é comprar as carnes em vários cortes, mas para isso não precisa ser vários tipos de carne!
Claro que não se faz bife de acém, mas fora isso... tudo é possível! Como faço: escolho no açougue um bom pedaço, e peço ao açougueiro que moa (duas vezes) a parte mais “retalhada” da carne, e divida a parte mais lisa e bonita em pedaços grandes. 
Congelo os pedaços em sacos separados. Eles podem ser preparados inteiros; em cubos grandes para um ensopado com legumes, batatas ou mandioca; ou em cubinhos pequenos para um picadinho com molho: à paulista, com molho de mostarda, ou qualquer outro molho bacana...

O “assado” de panela fica tão lindo que certamente ninguém pensará que é carne de segunda: parece mesmo carne de sábado! E você não faz quase nada!
Olha só: 1 pedaço de mais ou menos 800g de acém, bem limpo, 1 colher (de sobremesa) de páprica doce, 1 colher (de chá) de pimenta síria, ½ colher (de café) de cominho em pó e um pouquinho de vinho seco ou cerveja, tipo restinho da lata ou da garrafa mesmo (do copo nãããooo, tem cuspe!!!), algo como 50-100ml...


Ponha tudo na panela de pressão, cubra com água fria, tampe a panela e leve ao fogo. Cozinhe na pressão uns 40 minutos. Ainda não tem sal, tá bom??

Esfrie a panela, abra, coloque o sal, e ferva aberta até que praticamente todo o líquido seque.




A carne termina “salteada” na própria gordura, retirada pelo caldo quente. Macia, gostosa, simples, sem frescuras e fácil como deve ser uma comida caseira “acém” por cento, e de primeira!!




quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Um pouco de bagunça para limpar a geladeira!

Cozinhar também pode ser muito divertido..
Hoje resolvi fazer um sukiyaki meio simplório, para usar um monte de pouquinhos vegetais na geladeira: um pedacinho de repolho, um pimentão amarelo aberto, um finalzinho de salsão, umas poucas flores de couve flor... cebola e cenoura estão sempre por aqui. Sem contar que sobrou um bife de alcatra, sem grelhar, do almoço.. Perfeito!
Passei no sacolão: um brócolis e um maço de cebolinha já vão dar o tom de verde que preciso. Agora ao mercado comprar o udon. Meu filho me ensinou a não gostar de sukiyaki feito com spaghetti normal, e a nutrição me ensinou a não gostar de macarrão instantâneo. Legal é o udon, a massa um pouco mais pesada, e com uma capacidadade grande de absorver sabor. Pergunta se tinha udon no mercado?? Nãããooo.
Ok, a cozinha tá arrumadinha, a diarista esteve lá hoje... não deve ser difícil fazer essa massa...

Google, o oráculo, me conte como fazer udon!!! Ah, olha aqui, lê ali, é uma massa seca, de água e farinha, feita com água morna, e que deve ser muito sovada, até ficar lisa e maleável. Aí vem a diversão. Um gringo doido, explicando como ele e seus filhos fizeram.(http://www.lafujimama.com/2010/06/how-to-make-handmade-udon-noodles-its-easier-than-you-might-think/).
 Esta é a versão Valéria/Lauro, udon integral:
coloquei numa tigela mais ou menos 2 xícaras de farinha branca e 1 xícara de farinha integral fina, e misturei muito bem. Aqueci uma caneca de água até amornar, e juntei 1 colher de chá de sal.

Abri um buraco no centro da farinha, fui adicionando água até conseguir formar uma bola de massa bem firme.

Colocamos a massa num saco plástico, dobramos e pusemos sobre uma toalha de banho dobrada em 4.
Dobrei a toalha por cima da massa, e o Lauro caminhou 200 passos em cima da toalha, em ritmos variados!!

Tcharããã!!! Massa lisinha, super sovada, descansa mais 20 minutos. Abre  bem fina com um rolo de macarrão, enrola, corta em fatias, solta as fatias, e o udon ta pronto para ir para a água. 








Como está fresquinho, cozinha em menos de 5 minutos.




Delícia de jantar...


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A refeição quase completa

O inverno combina muito com ensopados, não?? Muitos vegetais, uma carne (se quiser), um molho de tomates, ou talvez um vinho... e aquele cheiro maravilhoso na cozinha, um pedacinho de pão passado no molho, só prá ver se o tempero está bom!
Estes ensopados, especialmente os que levam carne e uma boa variedade de vegetais, tomam um pouco de tempo para preparar, mas são praticamente uma refeição. Junte arroz, purê, farinha de milho ou mandioca, polenta, couscous... e tem uma refeição linda e saborosa. Reserve uma noite na semana para preparar, abra um vinho, chame alguém para ajudar a picar os ingredientes... Você terá uma hora muito agradável, e uma refeição deliciosa.
O mais legal dos ensopados é que pode fazer uma quantidade maior, e congelar uma ou duas porções, para um dia que der preguicinha ou ficar sem tempo, mesmo...
Congele sempre sem batatas ou tubérculos dessa turma, cuide que os vegetais não estejam muito cozidos, para que possa reconhecê-los ao descongelar (mas se estiverem muito molinhos pode virar uma bela sopa com macarrão, nada se perde!!).
Aí, você varia no “acabamento”: uma colher de pesto, ou um pouco de grão de bico cozido (é possível comprar cozido, em vidros, a vácuo ou caixinhas) e umas amêndoas, quem sabe um figo seco ou aquelas passas que estão na geladeira... os talos do agrião que lavou para a salada, umas duas folhas de couve rasgadas, são mil possibilidades de ter uma refeição diferente e divertida!

Receita básica de ensopado de carne:
Compre 500g de carne para cozinhar: coxão duro, músculo, paleta, patinho... experimente com carne suína, fica legal!. Coloque a carne cortada em cubos numa panela, junte alho, cebola e cenoura picadinhos (se “rolar” um salsão ou alho poró fica ótimo), cubra com água fria, deixando passar um dedo acima da carne. Leve ao fogo, sem nenhum sal, abaixe o fogo assim que a água ferver, e cozinhe, com a panela aberta, até que a água comece a secar e a carne esteja bem macia. Se a carne ainda estiver dura, junte água quente e deixe secar novamente. Dependendo da carne que escolher, neste processo a sua gordura natural vai derreter e você poderá dourá-la no seu próprio óleo. Caso seja uma carne muito magra, adicione um fio de azeite ou óleo e frite um pouco. Este é o ponto de juntar o sal e os temperos secos, que serão da sua escolha: páprica, cominho, manjericão, tomilho, noz moscada... vá colocando e experimentando. Junte tomates sem sementes cortados em cubos (ou apenas caldo de carne para fazer o molho), e os legumes que desejar: cenoura, vagem, abóbora, abobrinha, folhas de repolho, brócolis, couve flor..... Acerte o sal, cozinhe os legumes, finalize com o que te der na cabeça (ou na geladeira) e sirva!


domingo, 11 de agosto de 2013

Para comer melhor.... cozinhar!!!

Cozinhar em casa tem se tornado um grande desafio. Sem discutir as prioridades que têm superado este hábito tão saudável, aconchegante e econômico, acho bacana tentar organizar isso, você verá que não é tão difícil assim ter refeições caseiras diariamente. O Colher inicia essa série de dicas com uma visão geral do assunto. Vamos falar muito sobre o assunto...

A primeira coisa a pensar é: o que deve ter nessas refeições??
Uma refeição nutricionalmente completa deve ter alguma fonte de carboidratos, outra de proteínas e sempre muitos legumes e verduras. Ou seja: arroz, ovo e tomate é uma refeição muito mais completa que um risoto de queijo ou de cogumelos...

Aí pense por partes: comece pelos mais fáceis, alimentos ricos em carboidratos!!  Arroz (fácil, rapidão), macarrão (sossegado), polenta (as pré-cozidas são the flash), couscous (de semolina, super rápido) e batata (cozidinha, só com azeite e sal) são as opções mais vapt vupt, mesmo que tenha apenas 40 minutos para almoçar você dá conta de fazer. Se tiver mais tempo, pode partir para um cereal integral, um purê de batatas, um pirão de farinha de mandioca...
A proteína é a manjada “mistura”, que geralmente é a carne, mas pode ser ovo, queijo, cogumelos, e toda a turma dos feijões. Aqui, o raciocínio é o mesmo: se há pressa use ovo, carne moída, peito de frango, filé de peixe, camarões, cogumelos, lombo de porco, bifinhos de filet ou outra carne bem macia.. Se tiver tempo ou se organizar para cozinhar com antecedência, pode entrar um feijão bem temperado, um ensopado cheiroso, alguma preparação de forno...
Já a salada e os legumes deverão te dar um pouco mais de trabalho sim, e são ESSENCIAIS! Se a correria for muito grande, tomate, pepino e cenoura são amigos sempre disponíveis. Mas nesse caso é muito importante que se organize para ter salada lavada na geladeira. Os legumes podem se preparados num refogado rápido, junto com o arroz ou a carne, ou mesmo só cozidos em água e sal..
Então pense bem, se você consegue passar na sua casa na hora do almoço, nada justifica você comer diariamente em restaurantes. Em 15 minutos, se for necessário, você prepara uma comida muito mais saudável, infinitamente mais barata (até se for filet migon, vou te mostrar isso!), e tem o prazer impagável de estar cuidando de você.
Vamos nessa??

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Tá querendo o que???

Tenho me questionado muito sobre valores.. O que buscamos, o que é importante, como estamos “gastando” a nossa vida... O que QUEREMOS? Qual o valor do QUERER?
Acho que temos lidado de forma equivocada com esse verbo.... Há cenas bem comuns, que me incomodam um pouco, e me fazem pensar muito.
Cena 1 – “Se você quiser de verdade, você vai conseguir!!” frase dita por pessoas que se gostam e se desejam o melhor.
Cena 2 – “Ela veio de pantufa para a escola porque queria muito!! Criança só inventa, né???”
Cena 3 – “Filhinho, você quer almoçar? O que você quer comer?”
Então tá! O que eu penso? Eu penso que não conseguimos tudo o que queremos, às vezes se dedicando muito ainda não dá certo, e essa é a graça da vida, correr atrás de coisas, ganhar, perder, se frustrar... Eu penso que a tarefa da criança é inventar mesmo, mas a função dos pais é mostrar que tem coisas que são adequadas e outras não, por mais que isso frustre, todos os envolvidos...
E eu penso que criança não tem de querer almoçar! Tem de almoçar e pronto! E não tem de escolher o cardápio da casa, muito mais todos os dias!! Claro que haverá dias de delícias, mas outros serão sem graça mesmo.. igual a vida! Alimentação tem de ser gostosa, saudável, limpa, mas não é para ser festa todo dia!
Me parece que atender ou acreditar na magnitude do querer vai gerar muitos problemas lá na frente...

QUER pensar sobre isso comigo?

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Segunda sem Carne – você conhece??

O homem é um animal onívoro, mas é perfeitamente possível encontrar o equilíbrio alimentar sem comer nada que “tenha olhos”... Muitos tem buscado mais saúde no vegetarianismo: geralmente se encontram outras recompensas ao fazer esta opção. Conheço muitos vegetarianos, e a maioria deles, se não todos, são pessoas do bem. Preocupados com a sua saúde, com a saúde dos animais, com a saúde do planeta. Pensam na forma como os animais são criados, como são sacrificados e o custo (em todos os sentidos) dessa cadeia produtiva. Ser vegetariano, assim com ser pessoa do bem, dá um certo trabalho. Não é simplesmente parar de comer bicho. Por isso, quem adota este estilo de vida geralmente dedica mais tempo na escolha, preparo e ingestão dos alimentos.
Se você for como eu, um simpatizante da causa, mas não quer ou não pode abrir mão da sua carninhahttp://www.ted.com/talks/graham_hill_weekday_vegetarian.html Assim conheci o projeto “Segunda sem Carne” ou Meatless Monday. É muito legal a proposta: você ajuda sua saúde, estimula a descoberta de novos sabores, e quando praticada por muitos, pode reduzir significativamente o impacto negativo que a pecuária causa ao ambiente.
, já pensou na possibilidade de eliminar a carne uma vez na semana? Essa semente foi lançada nos meus pensamentos ao ouvir uma apresentação de Graham Hill no TED.com que sugeria a possibilidade de um caminho entre o ser ou não ser vegetariano: ser vegetariano uma vez por semana. O link para a fala:
Uma refeição simples, com arroz, feijão e uma maior variedade de legumes, refogados, ensopados e em saladas, pode te proporcionar muitas alegrias inesperadas. E certamente deixará felizes a dona vaca, dona galinha, dona porquinha e seu peixinho!
Já que é para “quebrar paradigmas”, segue uma receita de salada morna de jiló, que fica maravilhosa com um arroz com feijão bem quentinho, numa segunda sem carne... ou então como acompanhamento de uma cerveja bem gelada, num sábado sem compromisso...
Ingredientes:
12 jilós
Sal
Azeite
1 dente de alho picado
½ cebola cortada em cubos grandes
1 tomate grande, sem sementes cortado em cubos
Bastante salsinha e cebolinha picadas
1 colher (sobremesa) de molho de mostarda.
Vinagre balsâmico (opcional)
Preparo: lave e corte o jiló em gomos médios ou rodelas grossas. Polvilhe sal, e deixe repousar por uns 20 minutos. Enxágue, escorra muito bem, apertando com as mãos, para que fiquem bem secos. Coloque numa tigela, regue com azeite, adicione o alho e a cebola, e misture com as mãos, para que todos os pedaços fiquem bem untados. Espalhe numa assadeira e leve ao forno bem quente, até que fiquem bem dourados. Enquanto assa, prepare o tempero: misture o tomate, cheiro verde, a mostarda e uma colherinha de vinagre balsâmico. Acrescente o jiló quente, raspando bem a assadeira com uma espátula para soltar as “casquinhas”. Misture tudo, regue com azeite, acerte o sal, se necessário e ... hummmmm

  

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Crocante, doce e azedinho, como a vida deve ser!


Textura é tudo... Macio, áspero, crocante, cremoso... essas experiências são enriquecedoras para todos os sentidos.
Acho que pessoas com texturas também são mais interessantes... Tudo igual é muito chato.
Na alimentação, penso que o amadurecimento passa pela textura. É interessante a “passagem” do bebê que come papinhas, macias, cremosas, para a criança que gosta de pipoca, batata frita e salgadinhos fritos. Certo, esses alimentos são ricos em gorduras, que carregam sabor, mas há também a crocância...
Crec é mais divertido que schloff... Seu filho não come legumes? Será que não está cozinhando demais?? Uma couve-flor crec geralmente agrada mais que uma schloff.. Palitinhos de cenoura ou a chiquérrima baby carrot, pepino, erva doce, torradas, são alimentos crocantes, bons de segurar com a mão e ficar ouvindo o som da própria mastigação, imaginando se tá fazendo esse barulhão lá fora!
Aí vamos crescendo e aumentando o leque de sensações: azedos, doces, amargos, crocantes, macios... quanto mais, melhor!
Pois então: que tal usar a crocância dos vegetais para este prazer da variedade? Um repolho curtido no lugar da batata palha do cachorro quente, uma cenoura ralada no meio da salada de batatas, um picles no sanduíche... Até aquela rede de lanchonetes cujo garoto propaganda tem a cara e o caráter do Coringa usa!!
As conservas trazem essa mistura de textura e sabores contundentes e podem ser um grande amigo de quem quer comer bem. Frutas e legumes que se transformam em iguarias.
Hoje eu trago um relish, que é uma preparação onde os legumes estão bem picados, por isso podem ser consumidas quase que imediatamente. É uma receita simples, caseira que pode dar uma graça enorme a um sanduíche ou uma torrada.
Minha sugestão é: uma fatia de pão integral, uma camada de nata fresca, o relish e uma taça do seu vinho preferido... aí me chama que eu vou!

Relish de Pepino
Fatiar 2 a 3 pepinos (eu uso o japonês) bem fininho, colocar numa tigela, polvilhar 1 colher de sal, cobrir com água, tampar e levar para a geladeira de um dia para o outro.

 Ferver: 1 xícara de vinagre branco, ½ xícara de água, pouco menos de ½ xícara de açúcar e 1 colher (de chá) de sal, até dissolver o açúcar e o sal. Coloque os pepinos escorridos e desligue o fogo pouco antes de ferver novamente. Ponha em um vidro com alguns grãos de pimenta, uma folha de louro e um pedaço de cebola. Tampe, esfrie e leve à geladeira.

  Espere pelo menos um dia para começar a consumir.