sexta-feira, 17 de maio de 2013

Crocante, doce e azedinho, como a vida deve ser!


Textura é tudo... Macio, áspero, crocante, cremoso... essas experiências são enriquecedoras para todos os sentidos.
Acho que pessoas com texturas também são mais interessantes... Tudo igual é muito chato.
Na alimentação, penso que o amadurecimento passa pela textura. É interessante a “passagem” do bebê que come papinhas, macias, cremosas, para a criança que gosta de pipoca, batata frita e salgadinhos fritos. Certo, esses alimentos são ricos em gorduras, que carregam sabor, mas há também a crocância...
Crec é mais divertido que schloff... Seu filho não come legumes? Será que não está cozinhando demais?? Uma couve-flor crec geralmente agrada mais que uma schloff.. Palitinhos de cenoura ou a chiquérrima baby carrot, pepino, erva doce, torradas, são alimentos crocantes, bons de segurar com a mão e ficar ouvindo o som da própria mastigação, imaginando se tá fazendo esse barulhão lá fora!
Aí vamos crescendo e aumentando o leque de sensações: azedos, doces, amargos, crocantes, macios... quanto mais, melhor!
Pois então: que tal usar a crocância dos vegetais para este prazer da variedade? Um repolho curtido no lugar da batata palha do cachorro quente, uma cenoura ralada no meio da salada de batatas, um picles no sanduíche... Até aquela rede de lanchonetes cujo garoto propaganda tem a cara e o caráter do Coringa usa!!
As conservas trazem essa mistura de textura e sabores contundentes e podem ser um grande amigo de quem quer comer bem. Frutas e legumes que se transformam em iguarias.
Hoje eu trago um relish, que é uma preparação onde os legumes estão bem picados, por isso podem ser consumidas quase que imediatamente. É uma receita simples, caseira que pode dar uma graça enorme a um sanduíche ou uma torrada.
Minha sugestão é: uma fatia de pão integral, uma camada de nata fresca, o relish e uma taça do seu vinho preferido... aí me chama que eu vou!

Relish de Pepino
Fatiar 2 a 3 pepinos (eu uso o japonês) bem fininho, colocar numa tigela, polvilhar 1 colher de sal, cobrir com água, tampar e levar para a geladeira de um dia para o outro.

 Ferver: 1 xícara de vinagre branco, ½ xícara de água, pouco menos de ½ xícara de açúcar e 1 colher (de chá) de sal, até dissolver o açúcar e o sal. Coloque os pepinos escorridos e desligue o fogo pouco antes de ferver novamente. Ponha em um vidro com alguns grãos de pimenta, uma folha de louro e um pedaço de cebola. Tampe, esfrie e leve à geladeira.

  Espere pelo menos um dia para começar a consumir.




segunda-feira, 6 de maio de 2013

Não chia! Vira ovo!


Uns tempos atrás fui dar uma entrevista sobre o uso da chia na culinária, e encontrei uma informação muito interessante... Já sabia do seu uso como espessante, para fazer coisas tipo sagu, como acabamento nos pratos, com as sementes secas, em massas de pão e cookies, mas aí vi que cozinheiros veganos aproveitam a capacidade de formar gel que a chia tem para usá-las como substituto do ovo na culinária. Ovo vegetal! Antes usavam as sementes de linhaça, mas a grande maioria afirma que a chia dá melhores resultados. Então fui direto prá ela.
Hoje fiz um bolo de fubá... como é mais seco, se a chia não funcionasse eu facilmente notaria, certo?
Peguei a proporção sugerida pela revista Better Nutrition: 1 colher de chia com 3 colheres de água fria equivaleriam a 1 ovo grande.


No bolo funcionou perfeitamente. A massa ficou super consistente, imagino que se for uma receita mais “seca” a diluição terá que ser aumentada. Apenas a cor ficou alterada, escureceu um pouco. E para que o bolo ficasse sem nenhum produto de origem animal, usei leite de coco e óleo de soja no preparo da receita, com direito até a generosos pedaços de goiabada.
Tá lá! Um bolo sem ovo, sem nenhum laticínio e totalmente vegano. Lanche com cara de vó para alérgicos e vegetarianos. Vamos seguir com as brincadeiras! Aguarde!
BOLO DE FUBÁ VEGANO
Coloque numa tigela: 1 xícara de farinha de trigo, 1 xícara de fubá, 1 colher de fermento em pó, 1 colher (café) de canela, e misture tudo muito bem. Reserve.
Coloque no liquidificador, nesta ordem: 3 colheres de chia, 9 colheres de água, ½ xícara de óleo, 1 xícara de leite de coco, 1 ½ xícaras de açúcar (pode ser branco ou mascavo). Deixe repousar por 5 minutos e depois bata bem, até que fique um creme. Despeje sobre os secos misturados, bata para misturar, coloque em forma untada. Caso queira coloque pedaços de goiabada sobre a massa. Forno pré-aquecido, 200 graus, por uns 20 minutos, ou até que passe no teste do palito.