quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

DOCES BRASILEIROS: TUDO DE BOM!

Um país que “surgiu” na produção do açúcar tem de ser mesmo ligado em doces. Em se tratando de doces brasileiros os pernambucanos e mineiros são referência: lá nasceram clássicos. O legal é que nesses doces só usamos alimentos naturais ou pouquíssimo processados. Isso é comida boa!
Do micro pedacinho de goiabada que tinha na minha geladeira, nasceu uma bagunça inspirada em dois clássicos: a “Cartola” pernambucana com o “Romeu e Julieta” mineiro.
Com vocês, a Cartola do Romeu! Inesquecível..

CARTOLA DO ROMEU
Rendimento: 2 porções
1 banana nanica
Fatias de queijo minas, fresco ou curado, quanto bastem para cobrir as bananas
Manteiga
Açúcar com canela
Cubinhos de goiabada

Unte muito bem, com manteiga, dois refratários individuais. Corte a banana ao meio, e depois novamente ao meio, transversalmente. Arrume dois pedaços de banana em cada refratário. Cubra a banana com queijo, polvilhe açúcar e canela, e finalize com pedacinhos de goiabada espalhados. Leve ao forno até que o queijo doure um pouco por cima. Sirva quente.

TÔ FERRADA! E ISSO FAZ MUITO BEM!

Muitas pessoas tem deixado de comer carne: todo dia, alguns dias, eventualmente. E nessa troca ficam meio que sempre no queijo, ovo, soja.
Além de isso ser muito sem graça, são opções super ok em proteínas, mas deixam a desejar em ferro. Aí nasceu essa receita, cheia de ingredientes deliciosos, protéicos e “ferrosos”!
Acredito que um dia você vai precisar de uma receita vegana para você ou para alguém querido, que vai ficar supermega feliz em receber esse carinho.

CHARUTO VEGANO
Rendimento: 2 porções
3 folhas grandes de couve
1 colher (sopa) de lentilha
1 colher (sopa) de repolho picadinho
2 colheres (sopa) de cabotiá ralada
1 colher (sopa) de cebola picadinha
½ colher (sopa) de pimentão picadinho
1 colher (café) de alho picadinho
1 pitada de pimenta calabresa
1 colher de chia
2 colheres de arroz cru
Sal, cominho em pó e pimenta síria
½ cebola em fatias finas
Azeite
Ferva a colher de lentilha na água por 5 minutos e escorra. Misture com o repolho, cabotiá, cebola picadinha, alho, pimentão, pimenta, chia e o arroz. Tempere com sal, uma boa pitada de cominho e mais ou menos uma colher de café de pimenta síria. Reserve.
Em uma panela bem pequena, coloque metade da cebola fatiada e um bom fio de azeite, e reserve.
Ferva água em uma panela grande, e cozinhe as folhas de couve, sem o talo central, por menos de um minuto. Escorra.
Divida a folha em três partes. Coloque um pouco do recheio na base do pedaço de couve, deixando espaço na lateral. Enrole até metade, dobre as laterais em direção ao centro, e termine de enrolar formando os charutos. Arrume os charutos na panelinha com cebola, colocando com a ponta voltada para baixo, e deixando-os bem justinhos um do outro, para que não abram ao cozinhar. Cubra com o restante da cebola, regue azeite, polvilhe um pouco de sal. Cubra com água e leve ao fogo, cozinhando em fogo baixo, adicionando mais água à medida que vai secando, até que o arroz e a lentilha amaciem, mais ou menos 15 minutos.




quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

ENROLANDO

Tem um nome bonito para isso: sou procrastinadora! Mas a verdade é que me enrolo mesmo. Principalmente quando estou na cozinha, inventando coisas: começo uma, paro porque tive outra ideia, aí volto naquela mas de outro jeito... geralmente a última coisa a ficar pronta é a primeira que comecei.
Enrolo um pouco com as pessoas, também.... como nas receitas, tenho boas idéias, mas que demoram para acontecer... às vezes nem acontecem..
Meu irmão fez 50 anos no ano passado, em setembro. E fiquei pensando, dias antes, que enviaria pelo correio alguma comida gostosa. Fiz um molho barbecue vegano para testar, ficou legal, achei que ele ia gostar muito... coloquei até no vidro! Acabamos comendo por aqui mesmo, porque fiquei enrolando para fazer a “estrela” do presente: fatias húngaras (duvido que na Hungria se faça pão com doce de coco ralado!), um doce com cheiro dos nossos lanches de domingo, lá na casa onde crescemos. E um doce enrolado!!!  Aí vem a enrolação master: como vou enviar, como vou embalar, quantos dias vai demorar prá chegar, será que vai chegar gostosa... não foi nada prá Sampa, e devo essa para meu maninho até agora...
Acho que encontrei a solução: bolachinhas com cara de fatia húngara! Sequinhas, podem ir em uma lata ou pote... mais uma chance!
Maninho... me aguarde!


BOLACHINHAS HÚNGARAS
Para a massa:
3 colheres (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
1 gema
3 colheres (sopa) de açúcar
1 xícara de farinha
1 boa pitada de canela
Para o recheio:
½ xícara de coco ralado fresco
 3 colheres (sopa) de leite de coco
¼ xícara de açúcar
1 colher (chá) de manteiga
Amasse bem todos os ingredientes da massa, faça uma bolinha, coloque em um plástico e descanse por 30 minutos.
Para o recheio leve todos os ingredientes ao fogo, e mexa até que o açúcar dissolva bem. Se for usar coco seco de pacote, prefira aqueles sem açúcar adicionado, e junte ¼ de xícara de água.
Depois que a massa descansar, divida em três partes, e abra cada uma delas em retângulos finos. Para que a massa não quebre, é recomendado que abra entre dois plásticos, isso facilita muito! 
Retire o plástico de cima, espalhe um terço do recheio em cada retângulo, e enrole com auxílio do plástico, formando um pequeno cilindro. Deixe embrulhado no plástico, torcendo as pontas para fechar, como se fosse um bombom. Repita a operação com as outras duas partes da massa. Mantenha os rolinhos na geladeira por pelo menos 1 hora (eu deixei de um dia para o outro.

Unte muito bem uma assadeira, retire os rolinhos da geladeira e corte-os em fatias de mais ou menos meio centímetro, com auxílio de uma faca bem afiada. Arrume as fatias na assadeira e leve ao forno pré-aquecido, 180 graus, por 20 minutos. Retire da assadeira antes de esfriar, para o açúcar derretido não grudar.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

DOÇURA NA MEDIDA CERTA

Não há nada de errado em comer doce. Não há nada de errado em comer nada! Mas há algo de errado no exagero. E as receitas de doce são um convite ao exagero: as porções são cada vez maiores e as famílias cada vez menores...
Consegui fazer uma receita de quindim, doce que adoro, e é super simples, no preparo e na natureza de seus ingredientes, para apenas DUAS unidades! Não é tudo de bom??

UM QUINDIM PRÁ IAIÁ E OUTRO PRÁ IOIÔ
Rendimento: 2 porções
1 ovo
1 gema
3 colheres de açúcar
2 colheres de coco ralado
1 pitadinha de sal
1 colher (chá) de azeite ou manteiga derretida
Unte duas formas de empada e polvilhe açúcar, retirando o excesso. Reserve. Pré-aqueça o forno já com uma assadeira pequena com água, mais ou menos 2 centímetros.

Em uma tigelinha misture todos os ingredientes com um garfo, batendo para que fique uniforme. Distribua a massa nas duas forminhas preparadas e deixe descansar por 10 minutos antes de colocar no forno, dentro da assadeira com água (isso faz com que o coco “suba” e o quindim fica mais gelatinoso), para assar por 25 minutos, ou até que doure levemente por cima. Retire as forminhas da assadeira e deixe esfriar. Só desenforme depois de completamente frio.

BRAZILIAN PANCAKE

Se por acaso tivesse de sair do Brasil, levaria uma mala com farinha de mandioca e farinha de milho. Como viveria sem farofa, virado, pirão e cuscuz?
O fubá (apenas o milho moído) é mundial, mas a farinha de milho, que passa por aquecimento e forma flocos, é coisa bem nossa, assim como a farinha de milho que a América espanhola usa, onde o trigo passa por uma alcalinização, é produto super regional.
A farinha de milho é minha preferida: crua, tostadinha só com um pouco de alho, alegra qualquer prato.
Para climatizar minhas farinhas na gringa, uma receita de pancake, aquelas maravilhas fofinhas que os norte-americanos comem no café da manhã, totalmente abrasileirada, com a farinha de milho e uma banana bem madurinha.
BRAZILIAN PANCAKE
Rendimento: 2 porções
1 ovo
1 banana madura
1 colher de açúcar mascavo
1 pitada de canela
½ colher (chá) de fermento em pó
½ xícara de farinha de milho flocada
Em uma tigela amasse a banana com um garfo, junte o ovo e bata bem, adicione o açúcar, a canela e o fermento e bata para misturar. Finalize a massa misturando a farinha de milho.
Aqueça uma frigideira ou chapa anti-aderente e espalhe colheradas da massa, formando bolinhos achatados. Mantenha em fogo baixo para não queimar, vire com auxílio de uma espátula, para que doure dos dois lados.

Sirva quente com manteiga, mel ou geleia de sua preferência. Se quiser esnobar brasileirices, use melado.

TODOS TEMOS UM LADO AMARGO... QUE SEJA DELICIOSO!!!

Cada vez que publico uma receita com jiló, me convenço mais que a aversão atribuída a esse “ovinho verde” (eggplant) é um mito! Quanta gente me fala que adoora esse danado! Eu tenho gostado cada vez mais, descobrindo formas divertidas de preparar. Essa aqui é super simples, e você prepara quantos jilós quiser. Eu sugiro uma porção com duas ou três unidades.

JILÓ COM SALAME E QUEIJO
Rendimento: 1 porção
3 jilós
Sal
Alho bem picadinho
3 fatias de salame
3 quadradinhos de muçarela
1 fio de azeite
Corte os jilós lavados ao meio e polvilhe sal nas partes cortadas. Deixe descansar por 15 minutos.
Pré-aqueça o forno na temperatura alta. Sugiro que prepare essa receita quando já for usar o forno, porque eles ocupam pouco espaço.
Enxágue os jilós que descansaram no sal. Arrume 3 quadradinhos de papel alumínio coloque umas gotas de azeite no centro de cada um e sobre o azeite uma metade de jiló. Espalhe um pouco de alho picado por cima, cubra com uma fatia de salame e o queijo e feche com a outra metade do jilós. Pingue uma gota de azeite em cada “sanduíche”, e embrulhe bem com o papel alumínio. 

Coloque os pacotinhos em uma assadeira e leve ao forno por 25 minutos. Sirva quente ou morno.