segunda-feira, 28 de julho de 2014

A conversa chegou na cozinha


O espaço


O projeto
O projeto Colher tem o objetivo de mostrar, na prática, que é possível ter uma alimentação saudável sem precisar recorrer a alimentos ou equipamentos sofisticados.
É uma cozinha comum, equipada exatamente como a cozinha da maioria dos brasileiros, com fogão convencional, um micro-ondas, liquidificador, batedeira e geladeira. Nesta cozinha, a nutricionista Valéria Mortara mostrará o preparo dos alimentos que devem fazer parte da alimentação, da forma mais saudável possível.
Os utensílios também serão simples, panelas de alumínio, colher de pau, placas de corte normais. 
Para algumas oficinas serão utilizados equipamentos mais específicos, que serão necessários para aquele tipo de preparo. Alguém que fará uma cirurgia de redução de estômago vai querer ter um processador de alimentos, por exemplo...
Os temas serão variados, para atender as necessidades de cada tipo de cliente: oficina de culinária para quem mora só, para quem vai se casar e não sabe cozinhar, para papinhas de bebês, para o preparo de vegetais, para o preparo de sopas e caldos, para refeições rápidas, etc  
A cozinha está preparada para atender até 6 alunos por oficina, e o projeto prevê um mínimo de 4 oficinas por semana.

Vem, meu bem, que a conversa está picante...

No último post falamos dos sabores, e definimos a ardência como dor. E é interessante entender isso, porque assim fica claro a sensibilidade variada das pessoas em relação às pimentas já que cada um reage de forma diferente à dor... Nas pimentas vermelhas, a capsaicina, que é o elemento “irritante” das pimentas (matéria prima do spray de pimenta), tem sido alvo de muitos estudos que indicam propriedades bem bacanas, como proteção contra câncer e danos nas artérias.

Existe uma escala de picância, e dia desses me deparei com uma das campeãs: a habanero. Eu definitivamente sou uma “maricas” para a dor das pimentas, já que nem de luva e máscara consegui lidar com a danada. Acabou quase toda no lixo.... Mas na minha busca por receitas com a queridinha dos mexicanos, achei algumas bem interessantes onde a pimenta era assada antes de virar molho.

E é essa técnica que eu trago para o preparo de uma pasta ou molho de pimenta bem legal, onde você usará a pimenta que aguentar!!

Eu usei dedo de moça... sexy, né???

MOLHO DE PIMENTA 


Lave, corte ao meio e retire, com uma colherzinha, as sementes de um punhado de pimentas. Eu comprei uma bandejinha no sacolão. Se for sensível como eu, use luvas ou talheres para manipular. Não precisa ser rigoroso demais na retirada das sementes, ok? Se ficar um restinho, tudo bem..
Coloque-as numa assadeira, junte 2 dentes de alho, regue com azeite, sal, misture e leve ao forno alto até que dourem levemente.

Aqueça mais ou menos ½ xícara de vinagre.
Coloque as pimentas e alhos no copo do liquidificador. Despeje o vinagre na assadeira, para raspar as crostinhas que eventualmente ficaram, despeje no liquidificador e bata bem. Você pode escolher o jeitinho que preferir, desde um purê até um molhinho fino...


Coloque num vidro com tampa e mantenha na geladeira, usando todo dia para deixar sua vida um pouco mais picante... hummm... aiii...

quinta-feira, 10 de julho de 2014

De Amargo Basta o Jiló???


Assim como para os amargos da vida, precisamos de alguma maturidade para aceitar os amargos da comida, não é? São raras as crianças que comem jiló, almeirão, endívias, escarola...
São cinco, até agora, os sabores: doce, azedo, salgado, amargo e umami. Se você não sabe, umami é o sabor que chegou por último, é um sabor difícil de descrever, que envolve e aveluda a boca, característico dos alimentos ricos em glutamatos, e excessivamente usado na indústria de alimentos....
Só para temperar ainda mais o post, uma outra informação: picância não é sabor, em termos químicos. Picância é uma resposta do sistema nervoso à ação de algumas substâncias, em definição picância seria um tipo de dor!
Dos cinco, dois deles são tão desprezados, que acabaram se tornando sinônimo de dificuldades: o azedo e o amargo.
E aí amigo leitor, veja com outros olhos, como se fosse a língua humana a aproveitar totalmente os sabores: para ser completa e perfeita, a vida tem de ter de tudo, do doce ao amargo!

SALADA FRITA DE JILÓ

Fatiar uns 7 jilós, com pouco menos de 1cm de espessura. Coloque numa peneira apoiada numa tigela, polvilhe 1 colher (chá) de sal e deixe descansar por pelo menos 1h.


Enxágue e escorra muito bem as rodelas de jiló. Numa frigideira, frite as fatias, em um fio fino de óleo, como se fossem bifes, deixando dourar muito bem dos dois lados.


Na mesma frigideira, aqueça 2 colheres de azeite de oliva, junte 1 dente pequeno de alho e 2 colheres de sementes salgadas de girassol, e deixe fritar um pouco até o alho começar a corar. Acrescente ½ xícara de salsinha picada e despeje sobre os jilós.

Você pode usar como salada, acompanhamento, recheio de sanduíches, e dura uns 5 dias na sua geladeira. Duvido!!