domingo, 26 de janeiro de 2014

Preservando a Infância do Gengibre...

Sempre se fala que a infância passa muito rápido. Eu, particularmente, não tenho saudades da minha. E ela foi boa! Mas do tamanho certo. Gostei de ser jovem, gosto de ser madura, e pretendo gostar muito de ser velha. Tudo tem seu tempo, e as lembranças servem para deixar um gosto doce de sobremesa, que eu adoro, mas não gosto da ideia de repetir..
Porque tem coisa que só é legal fazer quando se é jovem, é o jeito que combina, o jeito que fica bom.
Exatamente como conserva de Gengibre!!!
Tem de se usar o gengibre bem novo, ainda com rama para poder ter aquelas fatias crocantes, levemente picantes, levemente doces, levemente salgadas, levemente ácidas e totalmente deliciosas.
Dezembro e Janeiro são os melhores meses para encontrar essa molecada-gengibre na feira.. Em fevereiro ainda rola, então corre lá e dê essa alegria para eles! Transforme o gengibre em “Gari”! Esse é o nome dessa maravilha.
Depois, quando a pele fica mais ressecada, nem adianta tentar, fica uma droga. Igual marmanjo querendo ser moleque...

Conserva de Gengibre (Gari)
Compre um maço de gengibre bem novo, com as ramas bem verdes e as raízes (ou serão bulbos??)  bem claras. 

Com uma colher, raspe a pele externa, para tirar qualquer fibra mais dura ou sujeira. 

Corte em fatias bem finas com uma faca amolada, um mandolim ou mesmo processador. Cubra as fatias de gengibre com 1 colher (de sopa) de sal, misture e deixe descansar por pelo menos 1 hora.

Coloque o gengibre numa peneira, enxágue em água corrente, deixe escorrer bem. Esprema o gengibre com as mãos para que fique bem enxuto, e reserve.


Numa panela, aqueça ½ xícara de vinagre branco, ½ xícara de açúcar e ¼ de xícara de água, mexendo para dissolver totalmente o açúcar. 

Na hora que ferver, despeje o gengibre escorrido e desligue o fogo. Coloque num vidro com tampa, feche, e conserve na geladeira, por até 6 meses, se cuidar de usar sempre um talher limpo para retirar o Gari. Espere pelo menos um dia para começar a usar. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Errar é humano... e pode ser bem gostoso!!

Ao escolher uma receita para minha participação diária na Radio Globo, reencontrei uma receita de bolo de farinha de milho, super simples de fazer, e que é excelente para um lanche, por ser bem “completo”. Resolvi que seria esta a guloseima de sábado, onde sempre aparece alguma coisa doce..
Como estava saudosa da receita, resolvi fazer. Hum, que massa linda, mas me parece um pouco mais espessa... Nossa, que lindo ficou o bolo, pena que “abaixou” um pouquinho.. Tudo bem! Um cafezinho, e.... nossa!!!! Esqueci de colocar açúcar!!!  Nossa! Mas não é que ficou bom?? Faltou só colocar sal!
Acho que vou colocar essa receita no blog... sim! E já fico imaginando variações, com condimentos e pedacinhos de coisas, um universo de delícias se abre!! E é bom para os celíacos, porque não tem glúten..


BOLO DE FARINHA DE MILHO COM QUEIJO
Coloque no liquidificador: 3 ovos, 1 copo de farinha de milho flocada, 4 colheres de óleo, 1 copo de leite, 1 copo de queijo cortado em pedaços pequenos (aqui você pode variar muito, usando ricota, queijo minas, mussarela, provolone com queijo branco, parmesão com mussarela..), 1 colher de sopa de fermento em pó e sal a gosto. Bata bem, para quebrar todo o queijo. Coloque em forma untada, e asse em forno pré aquecido.
Experimente misturar na massa temperos variados como cebola, alho, salsa, ou colocar cubinhos de frango cozido ou carne moída refogada..



quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Toda unanimidade é burra.... exceto catchup!!


Conheço pouquíssimas pessoas que não gostam de catchup. Bacon também é assim... mas muita gente não come bacon e parou de gostar, porque representa coisas que são fortemente contra.
Pode ser até que não gostem de gostar daquele néctar de tomates deliciosamente adocicado colorido artificialmente e que dá uma graça nas coisas sem graça... afinal é meio chato gostar dessa coisa, um dos ícones da alimentação mais politicamente e nutricionalmente incorreta que se tem notícia.
Mas o catchup pode ser muito saudável!! Primeiro porque é rico em licopeno, aquele negócio que tem no tomate bom para evitar uns tipos de câncer, especialmente o de próstata. Segundo porque não tem quase nenhuma gordura. E, para mim, o mais importante é que ele pode ser um grande aliado na alimentação das crianças, especialmente as enjoadas: os olhos dos meus pequenos pacientes brilham quando falo que podem usar catchup numa salada de legumes cozidos, por exemplo! Os pais muitas vezes colocam “no mesmo saco” porcarias e não porcarias... maionese é uma grande porcaria, mas catchup industrializado é uma pequena porcaria. Já catchup caseiro... É TUDO DE BOM!!! E fácil, olha só:
Catchup Caseiro (para 1 bisnaga pequena)
- 6 tomates maduros e firmes (tem de ser tomate bem gostoso!!! Que tal orgânico?)
- ½ cebola roxa
- ½ cebola normal
- 1 talinho de salsão
- 1 dente de alho pequeno
- ½ colher (chá) de canela em pó
- 1 colher (chá) de cravo em pó
- 1 colher (chá) de pimenta síria
- ½ colher (chá) de cominho em pó
- sementes de mostarda
- grãos de pimenta (usei a branca e a rosa)
- 1 colher (café) de sal
- 1 colher (sopa) de óleo
- ½ xícara (de café) de vinagre
- ½ xícara (de café) de açúcar mascavo
Coloque o óleo na panela e aqueça com os temperos secos: canela, cravo, pimentas, cominho e mostarda. Se quiser um catchup picante, junte pimenta malagueta, calabresa ou dedo de moça, a gosto. Quando estiver bem perfumado, junte as cebolas picadas, o salsão e o alho machucado, refogue até ficar bem transparente. Acrescente os tomates, o sal, açúcar e vinagre e mais 2 xícaras (café) de água. Ferva bastantão, até ficar um molho grosso, com tudo bem desfeito.

Passe numa peneira, apertando bem com uma colher, para aproveitar tudinho!! Coloque na bisnaga e mantenha na geladeira por até 20 dias. Vá adaptando a receita ao seu gosto: mais doce, mais salgado, mais perfumado... e sempre delicioso!!!