Meus pais
eram uns lindos. Ambos químicos, viveram quase 50 anos numa química invejável.
Aprendi a
amar cozinhar com a minha mãe. Aprendi a amar comer com o meu pai. Ela gostava
dos ingredientes, ele das misturas. Aliás, era um barman bem criativo..
Tem alguns
gostares que filho do seu Guido gosta, porque aprendeu com ele: escarola no
alho e óleo gelada para o lanche da tarde, polenta com leite e açúcar, coisas
com gosto de anis, pontinha de pão quente purinha de preferência ainda no carro,
e... paçoca! Ele amava paçoca. Chocolate
também, mas paçoca me faz lembrar ele muito mais, não sei explicar porque. Mas
arrisco. Paçoca esfarela, faz bagunça, mas não suja as mãos. Ele não gostava de
coisas que sujam as mãos quando você come, melequentas e cheias de cobertura.
Então, esse
bolo inventado hoje, seria perfeito para o meu pai: com gosto de paçoca, que
não meleca as mãos e numa porção pequena, porque apesar de gostar de
guloseimas, sempre foi comedido.
Parabéns,
pai. Por ter sido esse lindo. E por deixar muitas lindezas suas no coração e no
estômago de seus filhos.
1 xícara de
paçoca em barra cortada em cubinhos
½ xícara de
açúcar
¼ de xícara
de óleo
1 ovo
½ xícara de
leite
1 ½ xícaras
de farinha de trigo com fermento
1 pitada de
canela
Misture os
ingredientes secos: a farinha com fermento e a canela. Reserve. Bata todos os
outros ingredientes no liquidificador, e deixe a paçoca ficar com alguns
pedaços pequenos, não se preocupe em triturar tudo. Misture aos ingredientes
secos, coloque em forminhas de cupcakes e leve ao forno pré-aquecido a 200
graus por uns 20 minutos, até que esteja firme ao toque do dedo.