quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Tá querendo o que???

Tenho me questionado muito sobre valores.. O que buscamos, o que é importante, como estamos “gastando” a nossa vida... O que QUEREMOS? Qual o valor do QUERER?
Acho que temos lidado de forma equivocada com esse verbo.... Há cenas bem comuns, que me incomodam um pouco, e me fazem pensar muito.
Cena 1 – “Se você quiser de verdade, você vai conseguir!!” frase dita por pessoas que se gostam e se desejam o melhor.
Cena 2 – “Ela veio de pantufa para a escola porque queria muito!! Criança só inventa, né???”
Cena 3 – “Filhinho, você quer almoçar? O que você quer comer?”
Então tá! O que eu penso? Eu penso que não conseguimos tudo o que queremos, às vezes se dedicando muito ainda não dá certo, e essa é a graça da vida, correr atrás de coisas, ganhar, perder, se frustrar... Eu penso que a tarefa da criança é inventar mesmo, mas a função dos pais é mostrar que tem coisas que são adequadas e outras não, por mais que isso frustre, todos os envolvidos...
E eu penso que criança não tem de querer almoçar! Tem de almoçar e pronto! E não tem de escolher o cardápio da casa, muito mais todos os dias!! Claro que haverá dias de delícias, mas outros serão sem graça mesmo.. igual a vida! Alimentação tem de ser gostosa, saudável, limpa, mas não é para ser festa todo dia!
Me parece que atender ou acreditar na magnitude do querer vai gerar muitos problemas lá na frente...

QUER pensar sobre isso comigo?

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Segunda sem Carne – você conhece??

O homem é um animal onívoro, mas é perfeitamente possível encontrar o equilíbrio alimentar sem comer nada que “tenha olhos”... Muitos tem buscado mais saúde no vegetarianismo: geralmente se encontram outras recompensas ao fazer esta opção. Conheço muitos vegetarianos, e a maioria deles, se não todos, são pessoas do bem. Preocupados com a sua saúde, com a saúde dos animais, com a saúde do planeta. Pensam na forma como os animais são criados, como são sacrificados e o custo (em todos os sentidos) dessa cadeia produtiva. Ser vegetariano, assim com ser pessoa do bem, dá um certo trabalho. Não é simplesmente parar de comer bicho. Por isso, quem adota este estilo de vida geralmente dedica mais tempo na escolha, preparo e ingestão dos alimentos.
Se você for como eu, um simpatizante da causa, mas não quer ou não pode abrir mão da sua carninhahttp://www.ted.com/talks/graham_hill_weekday_vegetarian.html Assim conheci o projeto “Segunda sem Carne” ou Meatless Monday. É muito legal a proposta: você ajuda sua saúde, estimula a descoberta de novos sabores, e quando praticada por muitos, pode reduzir significativamente o impacto negativo que a pecuária causa ao ambiente.
, já pensou na possibilidade de eliminar a carne uma vez na semana? Essa semente foi lançada nos meus pensamentos ao ouvir uma apresentação de Graham Hill no TED.com que sugeria a possibilidade de um caminho entre o ser ou não ser vegetariano: ser vegetariano uma vez por semana. O link para a fala:
Uma refeição simples, com arroz, feijão e uma maior variedade de legumes, refogados, ensopados e em saladas, pode te proporcionar muitas alegrias inesperadas. E certamente deixará felizes a dona vaca, dona galinha, dona porquinha e seu peixinho!
Já que é para “quebrar paradigmas”, segue uma receita de salada morna de jiló, que fica maravilhosa com um arroz com feijão bem quentinho, numa segunda sem carne... ou então como acompanhamento de uma cerveja bem gelada, num sábado sem compromisso...
Ingredientes:
12 jilós
Sal
Azeite
1 dente de alho picado
½ cebola cortada em cubos grandes
1 tomate grande, sem sementes cortado em cubos
Bastante salsinha e cebolinha picadas
1 colher (sobremesa) de molho de mostarda.
Vinagre balsâmico (opcional)
Preparo: lave e corte o jiló em gomos médios ou rodelas grossas. Polvilhe sal, e deixe repousar por uns 20 minutos. Enxágue, escorra muito bem, apertando com as mãos, para que fiquem bem secos. Coloque numa tigela, regue com azeite, adicione o alho e a cebola, e misture com as mãos, para que todos os pedaços fiquem bem untados. Espalhe numa assadeira e leve ao forno bem quente, até que fiquem bem dourados. Enquanto assa, prepare o tempero: misture o tomate, cheiro verde, a mostarda e uma colherinha de vinagre balsâmico. Acrescente o jiló quente, raspando bem a assadeira com uma espátula para soltar as “casquinhas”. Misture tudo, regue com azeite, acerte o sal, se necessário e ... hummmmm

  

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Crocante, doce e azedinho, como a vida deve ser!


Textura é tudo... Macio, áspero, crocante, cremoso... essas experiências são enriquecedoras para todos os sentidos.
Acho que pessoas com texturas também são mais interessantes... Tudo igual é muito chato.
Na alimentação, penso que o amadurecimento passa pela textura. É interessante a “passagem” do bebê que come papinhas, macias, cremosas, para a criança que gosta de pipoca, batata frita e salgadinhos fritos. Certo, esses alimentos são ricos em gorduras, que carregam sabor, mas há também a crocância...
Crec é mais divertido que schloff... Seu filho não come legumes? Será que não está cozinhando demais?? Uma couve-flor crec geralmente agrada mais que uma schloff.. Palitinhos de cenoura ou a chiquérrima baby carrot, pepino, erva doce, torradas, são alimentos crocantes, bons de segurar com a mão e ficar ouvindo o som da própria mastigação, imaginando se tá fazendo esse barulhão lá fora!
Aí vamos crescendo e aumentando o leque de sensações: azedos, doces, amargos, crocantes, macios... quanto mais, melhor!
Pois então: que tal usar a crocância dos vegetais para este prazer da variedade? Um repolho curtido no lugar da batata palha do cachorro quente, uma cenoura ralada no meio da salada de batatas, um picles no sanduíche... Até aquela rede de lanchonetes cujo garoto propaganda tem a cara e o caráter do Coringa usa!!
As conservas trazem essa mistura de textura e sabores contundentes e podem ser um grande amigo de quem quer comer bem. Frutas e legumes que se transformam em iguarias.
Hoje eu trago um relish, que é uma preparação onde os legumes estão bem picados, por isso podem ser consumidas quase que imediatamente. É uma receita simples, caseira que pode dar uma graça enorme a um sanduíche ou uma torrada.
Minha sugestão é: uma fatia de pão integral, uma camada de nata fresca, o relish e uma taça do seu vinho preferido... aí me chama que eu vou!

Relish de Pepino
Fatiar 2 a 3 pepinos (eu uso o japonês) bem fininho, colocar numa tigela, polvilhar 1 colher de sal, cobrir com água, tampar e levar para a geladeira de um dia para o outro.

 Ferver: 1 xícara de vinagre branco, ½ xícara de água, pouco menos de ½ xícara de açúcar e 1 colher (de chá) de sal, até dissolver o açúcar e o sal. Coloque os pepinos escorridos e desligue o fogo pouco antes de ferver novamente. Ponha em um vidro com alguns grãos de pimenta, uma folha de louro e um pedaço de cebola. Tampe, esfrie e leve à geladeira.

  Espere pelo menos um dia para começar a consumir.




segunda-feira, 6 de maio de 2013

Não chia! Vira ovo!


Uns tempos atrás fui dar uma entrevista sobre o uso da chia na culinária, e encontrei uma informação muito interessante... Já sabia do seu uso como espessante, para fazer coisas tipo sagu, como acabamento nos pratos, com as sementes secas, em massas de pão e cookies, mas aí vi que cozinheiros veganos aproveitam a capacidade de formar gel que a chia tem para usá-las como substituto do ovo na culinária. Ovo vegetal! Antes usavam as sementes de linhaça, mas a grande maioria afirma que a chia dá melhores resultados. Então fui direto prá ela.
Hoje fiz um bolo de fubá... como é mais seco, se a chia não funcionasse eu facilmente notaria, certo?
Peguei a proporção sugerida pela revista Better Nutrition: 1 colher de chia com 3 colheres de água fria equivaleriam a 1 ovo grande.


No bolo funcionou perfeitamente. A massa ficou super consistente, imagino que se for uma receita mais “seca” a diluição terá que ser aumentada. Apenas a cor ficou alterada, escureceu um pouco. E para que o bolo ficasse sem nenhum produto de origem animal, usei leite de coco e óleo de soja no preparo da receita, com direito até a generosos pedaços de goiabada.
Tá lá! Um bolo sem ovo, sem nenhum laticínio e totalmente vegano. Lanche com cara de vó para alérgicos e vegetarianos. Vamos seguir com as brincadeiras! Aguarde!
BOLO DE FUBÁ VEGANO
Coloque numa tigela: 1 xícara de farinha de trigo, 1 xícara de fubá, 1 colher de fermento em pó, 1 colher (café) de canela, e misture tudo muito bem. Reserve.
Coloque no liquidificador, nesta ordem: 3 colheres de chia, 9 colheres de água, ½ xícara de óleo, 1 xícara de leite de coco, 1 ½ xícaras de açúcar (pode ser branco ou mascavo). Deixe repousar por 5 minutos e depois bata bem, até que fique um creme. Despeje sobre os secos misturados, bata para misturar, coloque em forma untada. Caso queira coloque pedaços de goiabada sobre a massa. Forno pré-aquecido, 200 graus, por uns 20 minutos, ou até que passe no teste do palito.

domingo, 28 de abril de 2013

Geleias da Dona Marta


Como já contei, tenho a alegria de vir de uma família muito numerosa e querida. Somos sete irmãos, cresci numa casa muito gostosa com um enorme quintal. Era um pouco afastada da cidade, assim, a horta e o pomar eram parte do nosso sacolão. Minha mãe cuidando da sua horta cheia de coisas especiais e Seu Antonio, o jardineiro que ia carpir os canteiros e “campeá as abobrinha” são uma marca da minha primeira infância. Que me desculpe o seu Hamilton...
Há 50 anos, num quintal de Votocel, você encontrava abacate, manga, limão, chuchu, cenoura, acelga, catalonha, alho poró, aspargos, salsinha, cebolinha, sálvia, tomilho, pêssego, goiaba, laranjinhas kin kan, pecans... e lá no fundo os pés de cana e a amoreira. Me dá vontade de chorar gostoso fechar os olhos e ver minha mãe descendo com um facão lá para o muro, escolher a cana mais suculenta, e todos nós em volta, chupando aqueles palitos de felicidade, cuspindo o bagaço na terra.. bagaço do bem...
Se você perguntar prá qualquer pessoa que conviveu com qualquer um dos filhos da Dona Marta e Seu Guido das lembranças daquela casa, certamente em algum momento vão aparecer as geleias da Dona Marta... A de amora era o must, por cima do Budino de Semolina (o doce do papai) ou como recheio da crostata, ai meu deus!!! A de morango era a preferida das crianças, a de kin kan uma iguaria levemente amarga para paladares “refinados”. A de uva não fazia parte do repertório habitual, mas foi ela que me ensinou e é uma das minhas especialidades.
Geleia é uma opção muito saudável de recheio para pães, bolos e bolachas, é basicamente fruta e açúcar. Comida simples, de verdade... Você sabe o que tem na margarina ou no “creme de avelãs” que passa no pão do seu filho???

Geleia de Uva
Lave e retire as uvas Niágara dos galhos. 

Coloque numa panela, amasse com um copo para romper as cascas e leve ao fogo, sem água nenhuma, deixando ferver até que as cascas fiquem bem murchas e opacas. 
Coar num pano bem limpo, torcendo para retirar todo o sumo da uva. A pectina natural da uva está toda aí! Ela vai deixar sua geleia firme e linda.

Para cada copo cheio de suco misture um copo mal cheio de açúcar e leve ao fogo, fervendo até dar o ponto. 
Você vira a geleia com a colher, ela escorre em pingos grossos, e os “últimos” pingos dão a impressão de firmar antes de caírem.. Dá prá entender?? Se não der, não tem problema: coloque um pouco da geleia no vidro, espere esfriar. Se não ficar firme volte para a panela! Se ficar firme, passe no pão e agradeça à Dona Marta...

domingo, 21 de abril de 2013

Feito em Casa nível megafácil


Sabemos que os produtos caseiros são quase sempre mais baratos e sem dúvidas mais saudáveis. E muitas vezes o “feito em casa” é mais simples que imaginamos. Ok, eu entendo que não queira fazer pão, iogurte ou caldo de carne em casa. Eles fazem parte de um grau mais alto do programa “Resolvi ME Cuidar Muito Mesmo  E Sei Que Isso Toma Um Pouco de Tempo”.
Algumas coisas são óbvias, tipo farofa. Só um ser fora de sintonia com o universo (sem contar aquele que está indo para a cervejada da faculdade... este está perdoado!) compra “farofa pronta”!! Caros leitores: duas colheres de óleo ou outra gordura de sua preferência como manteiga, bacon derretido, banha, azeite numa panela... certo?? Agora temperos frescos ou desidratados ao seu gosto, tudo bem picadinho, até ficar bem sequinho: cebola, alho, pimenta, cebolinha, salsa, pimentão, tá fácil? Junte 2 copos de farinha de mandioca e/ou de milho, sal a gosto, e mexa em fogo baixo por um ou dois minutos. Tcharannn! Esfriar, colocar num vidro e... ser feliz!! Sem glutamato, sem gordura hidrogenada e com todo o charme do DIY (do it yourself, sigla divertida, não??).
 Já outros podem surpreender. A ricota é um ingrediente versátil e muito simples de se fazer! Eu faço em casa, sem muito “rigor técnico”, mas dá super certo e é rapidão. Olha só:
Coloque um litro de leite integral e leve ao fogo. 
Um pouco antes de ferver junte 2 colheres de vinagre, misture e deixe que o leite talhe todo.

 Desligue o fogo e coe em peneira bem fina ou num pano tipo gaze. Se tiver um chinois, ele é ótimo! 

Eu gosto de deixá-la um pouco úmida. Mantenha na geladeira, por até 10 dias. Duvido que dure tudo isso..

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Peso Ideal....


Qual é meu peso ideal? Pergunta muito freqüente nos consultórios de Nutrição. E penso que a resposta deve ser: é o peso com que você se sente bem, ágil e saudável. Isso, é claro, com muito bom senso e com exames de saúde ok.
Ninguém deve te afirmar qual é o seu peso ideal. Um profissional de saúde sério vai te informar uma faixa de peso esperado. Vocês podem até combinar, mas essa escolha parte de você.
Não é possível enquadrar todo mundo numa fórmula: nós não somos todos iguais, e por isso devemos encarar tabelas e fórmulas com algumas restrições. A fórmula mais comum de peso ideal é a do Índice de Massa Corporal, o IMC. Dividindo o valor de seu peso em quilos pelo quadrado de sua altura em metros, deverá ser encontrado um valor entre 18,5 e 25 para ser considerado um peso normal, se você é um adulto com menos de 65 anos. Assim, uma mulher de 1,62m com 64Kg teria um IMC= 64: (1,62 x 1,62) = 64: 2,6244 = 24,4. Este IMC é considerado bom, dentro da faixa do chamado peso adequado. E o louco é que raramente uma mulher de 1,62m se consideraria “bem” com este peso... Isso principalmente pela pressão da mídia e da moda, onde o padrão é uma mulher com corpo de pré-adolescente magérrima (já repararam como diminuiu o tamanho M das roupas femininas? Gente!! M é médio!!). Pense muito nisso quando for estabelecer metas, ok?
A “fragilidade” do IMC também tem a ver com a variação na estrutura e composição corporal de pessoa para pessoa. Nosso corpo é constituído de ossos, músculos, vísceras e gordura. Ossos, músculos e vísceras constituem a chamada massa magra, enquanto a gordura é, como o próprio nome diz, a massa gorda. A massa magra é mais pesada e por isso ocupa menos espaço. Além disso, ela é composta de tecidos ativos, que gastam calorias durante todo o dia. Já a gordura é mais leve, ocupa mais espaço e não tem gasto energético. Conheço umas pessoas assim.... Portanto se aquela nossa amiga tiver 64Kg com bastante massa magra ela será uma mulher de corpo esguio e forte. Se, pelo contrário, tiver o mesmo peso, com 1/3 dele em gordura, será uma mulher cheia de “pneus”, que provavelmente usa roupa tamanho G ou GG e está sempre se sentindo sem energia, pois tem pouco tecido ativo.
A questão então não é perder peso, e sim perder gordura, que é feio, aumenta as medidas e faz mal a saúde, aumentando o risco de doenças circulatórias, do coração, diabetes e vários tipos de câncer. Para isso são necessários hábitos saudáveis e não dieta!
Pare de perseguir esse ideal! Tantos outros ideais bacanas para alcançar....

domingo, 7 de abril de 2013

Ou isso ou aquilo


Ou isso ou aquilo. Assim deve ser. Já quem faz “dieta” pensa: ou isso ou nada! Só pode trazer um grande vazio, não acham? Fico apavorada quando ouço a expressão “fechar a boca” como a estratégia correta para reduzir o peso. Aí, de uma hora para outra a criatura “corta” tudo: não come mais doce, pão, refrigerante... E não coloca nada no lugar!

Numa temporada na casa da tia Marcella, aprendi uma lição para sempre: meu filho que era bem pequeno pegou um pequeno bibelô da estante e isso poderia ser ruim para ele e para o bibelô. Tinha que tirar aquilo de suas mãos! Filhinho, isso não! Devolve! Você pode se machucar! Ufa! Que chororô! Parecia até que tinha tirado um dedo junto!!! Acabei devolvendo... A Tia se aproximou com um copo plástico bem colorido, mostrou prá ele, que gentilmente entregou o “pomo da discórdia” em troca da linda peça colorida.  Tia Marcella sorri prá mim e diz, naquela entonação que só ela tem: “é sempre melhor trocar do que tirar”. Lindo, né?

Por isso, caro leitor, se não quer comer pavê de chocolate com refrigerante de lanche da tarde, que tal tomar um suco e comer um pão com queijo e geléia, no lugar de bater a cabeça na parede? Que tal comer bastante salada no lugar daquela colher a menos de arroz no seu almoço? Faça trocas razoáveis, assim não haverá vazio.

Ou isso ou aquilo. O Facebook tem razão, Cecília Meireles sabe das coisas. Tia Marcella também...

terça-feira, 2 de abril de 2013

Cheiro de Baunilha no ar....


Há alguns anos parei de comprar bolachas. As bolachas, ou biscoitos industrializados geralmente são ricos em gorduras impronunciáveis, super doces e com aromas prá lá de artificiais. Tenho feito uma grande campanha para que voltemos a comer pão. Um pão integral? Ótimo, é muito bom, dura mais, sacia mais, é mais saudável... Mas se não der, um belo pão francês com uma boa camada de manteiga me parece muito mais “natural” que qualquer cookie industrial. Pão francês é água, farinha, fermento e sal. Manteiga é nata. E a bolacha que você compra no mercado é o que mesmo???
Por isso acho que o café da manhã e o lanche da tarde de todo dia tem que ter pão, e quanto mais simples, melhor!
Só que aí fica um vazio... Um copo de leite gelado.... uma xícara de chá quente, naquela porcelana antiga que veio da casa da sua avó... cadê o biscoito?? E aquele pote “lindo”, com tampa de biscuit que a sua comadre fez com o maior carinho??
É prá já! Você não imagina como é simples fazer uma bolachinha doce, basiquinha, que pode até ser “recheada” com geleia ou um doce de leite bem gostoso..

Ingredientes:
2 colheres de manteiga ou banha (gorduras NATURAIS)
½ xícara de açúcar
1 ovo
4-6 Gotas de baunilha
1 xícara de farinha de trigo
½ xícara de farinha de trigo integral
1 colher de chá de fermento em pó

Antes de sair de casa de manhã, deixe a manteiga fora da geladeira. Quando chegar para terminar o almoço, coloque a manteiga, o açúcar, o ovo e a baunilha numa tigela e mexa até misturar bem. Numa outra tigela, misture as farinhas e o fermento muito bem. Vá juntando a mistura de farinha na manteiga batida e forme uma massa macia, mas bem ligada. Coloque na geladeira e siga fazendo seu almoço. Ligue o forno em 180 graus. Depois de uns 15 minutos, polvilhe farinha num cantinho da bancada e abra a massa com um rolo, virando e polvilhando um pouquinho de farinha para não grudar. Com o cortador de pizza, faça uns retângulos e coloque numa assadeira sem untar. 
Você também pode pedir para seus filhos fazerem minhoquinhas de massa e juntar as pontas formando rosquinhas! Na hora que colocar o almoço na mesa, leve as bolachinhas para o forno, por uns 10 minutos, até que fiquem douradas por baixo. Saia da mesa rapidinho, tire do forno para que esfriem, e volte a almoçar. Ah! Desligue o forno!
Já vai ter bolachinha com o cafezinho...
Guarde o restante num pote fechado, só depois que estiverem completamente frias.